quarta-feira, 5 de junho de 2013


"Amor à Vida" já começa a pegar o seu embalo, passando aqui, para o lado de fora, a impressão que hoje, toda boa novela das 9 que se preza, necessita muito mais de um grande vilão ou alguém do mal, independentemente de ser homem ou mulher - do que o mocinho e a mocinha destinados para o lado romântico da história. Sempre existiu isso, na própria vida ou ficção, mas nunca em doses de tamanha dependência como agora.

Basta puxar um histórico mais recente para verificar o que aconteceu desde a Nazaré, de "Senhora do Destino", passando por Flora, Leo, Carminha e companhia bela, até chegarmos ao Félix, atualmente em cartaz. É quase que uma condição "sine qua non".

Como outra observação, também indispensável ao panorama atual, passa como uma coisa estranha o fato da Globo - com um elenco tão numeroso e capaz de atender as mais diferentes necessidades – ter Paolla Oliveira e Malvino Salvador na reprise de "O Profeta", à tarde, e os mesmos dois como protagonistas de "Amor à Vida", à noite. Ou houve uma bobeada, um descuido grave, ou não deram a isso a devida e menor importância, o que é lamentável em qualquer situação.


segunda-feira, 3 de junho de 2013


Malvino Salvador: \


Malvino Salvador está encantado com a trama de seu atual personagem. Tanto que se empolga ao falar da trágica história de um homem que vê sua vida virar de cabeça para baixo quando perde a esposa e o filho na sala de parto. No ar em Amor à Vida, novela de autoria de Walcyr Carrasco, com quem trabalha pela quinta vez, o ator encarna Bruno, protagonista do folhetim.

"Sinto que esse trabalho tem mais chances de cativar os telespectadores. As pessoas não só vão se emocionar com o drama do personagem como vão se questionar sobre o tema adoção", diz, enquanto salienta que, embora tenha feito outros papéis importantes em novelas, está tendo por este um fascínio especial.

Na trama, Bruno fica desorientado quando assiste à sua mulher morrer enquanto dava à luz seu filho, que também nasce morto.

"Foi muito impactante fazer essa cena", revela.

Na volta para casa, ele encontra uma bebê recém-nascida em uma caçamba de lixo e convence a médica obstetra que fez o parto de sua esposa a alterar a documentação, colocando a criança como sua filha biológica. Nesse mesmo dia, Paloma, vivida por Paolla Oliveira, dá entrada no hospital San Magno, mesmo onde está Bruno, sem saber o paradeiro de sua filha que acabara de nascer. E, estranhamente, ninguém desconfia de nada.  

Malvino é enfático ao defender seu personagem. Para ele, Bruno não agiu de má fé quando deixou de entregar a criança à justiça.

"No decorrer da história, as pessoas vão perceber que meu papel não é um mau-caráter e que na hora só pensou que estava salvando a vida de uma criança", torce, enquanto menciona os recorrentes casos de mães que abandonam seus filhos no Brasil.

"Em um país onde esses casos ocorrem com frequência, seria natural que, mesmo se fosse vida real, as pessoas não associassem a um roubo de bebê", explica, na tentativa de justificar a atitude do personagem.

Em breve, Bruno se envolverá em uma disputa judicial com Paloma pela guarda da menina. Para Malvino, é importante que o tema adoção seja abordado em uma novela das nove.

"Existem tantas coisas contundentes e bacanas para serem exploradas com essa trama. Inclusive, a demora que é um processo de adoção em nosso país", diz. 

Na preparação para compor o personagem, o ator traçou um paralelo entre ficção e realidade. Quando soube da história de Bruno, Malvino começou a buscar na memória momentos que presenciou onde pessoas próximas perderam seus entes queridos. Sem falar nos  casos de adoção que conhece.

"O ator está sempre em busca de referências para compor seus personagens. E, muitas vezes, tiramos tais experiências de nossas vidas ou da de pessoas que conhecemos", diz.

Além das pesquisas individuais, as reuniões com o preparador de elenco Sergio Penna foram fundamentais para Malvino.

"Há quatro meses, temos tido encontros com ele para ajustar os personagens. Tanto individualmente quando em grupo", declara, ao frisar a importância desse tipo de trabalho.

"É como no teatro: a preparação é tão ou mais importante que a cena", afirma.  

Malvino já faz planos para depois da novela. Após interpretar o boxeador Régis em Sete Pecados e ter feito uma participação especial em Guerra dos Sexos também como lutador, o ator se prepara para viver o atleta José Aldo no cinema. No próximo ano, ele começa a gravar o longa que contará a trajetória de vida e carreira do lutador, que, atualmente, é campeão mundial da categoria peso pena do UFC (Ultimate Fighting Championship).

"Pratico boxe até hoje por causa do Régis. O que também vai me facilitar para interpretar o José Aldo", entrega. Em seguida, empolgado, Malvino declara que adoraria fazer uma série policial.

"Gosto muito de ação. Isso é a minha cara", finaliza.